A situação é grave e começa a atingir contornos de enorme preocupação em termos hídricos! A imagem seguinte é explícita o suficiente e mostra a continuação de bloqueio atlântico às nossas latitudes (cor roxa), pelo menos até meados de Fevereiro.
Em contrapartida, os ventos em altura encaminham-se para as latitudes mais elevadas (norte da Europa) e Ártico (ver cor tijolo), permanecendo por aí um regime mais tempestuoso.
Infelizmente e por muita vontade e otimismo que possa ser a marca da MeteoMira, não há sinais de mudança para período de 30 dias sensivelmente e a menos que algum aquecimento da estratosfera possa comprometer o Vórtice Polar (Clique AQUI para saber o que é e como se forma).
Este tipo de circulação prolonga a formação de geada mas mantém os dias amenos na maior parte do território continental.
A imagem abaixo, o ensemble do GFS para Setúbal (exemplificativo) mostra precisamente, através do reduzido número de linhas no eixo inferior, a pouca ou nenhuma precipitação prevista até final do mês de Janeiro e em termos de temperaturas, mesmo que as mínimas possam andar baixas, as máximas e médias andarão na média ou mesmo acima da média.
Para as ilhas e principalmente nos Açores, a próxima semana (a partir de dia 16-17) poderá trazer nova ação de depressões em altitude com cavamento superficial e em consequência, tempo pontualmente mais instável, situação que poderá também ser extensível a partir de dia 18 à região autónoma da Madeira.
Finalizo, convidando-vos, para ser mais fácil perceber, a visitar as imagens seguintes – Ponta Delgada e Funchal do ensemble do modelo europeu, as quais apontam (pelo elevado número de linhas no eixo inferior do gráfico), para a proximidade de uma semana eventualmente com maior precipitação.
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