“Vento norte rijão, chuva na mão”?

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Nestes dias temos sido afetados por forte nortada associada ao gradiente de pressão entre a baixa pressão espanhola (uma depressão térmica no sul de Espanha) assinalada a azul na imagem e com rotação dos ventos no sentido da seta da mesma cor e; o anticiclone representado pela letra H e elipse a vermelho, com rotação dos ventos na sua periferia de acordo com a seta a vermelho, criando uma corrente de ventos (setas a preto).

O provérbio diz e bem que o vento norte rijão traz chuva na mão… e ela já chegou e bem à Península Ibérica mas sempre primeiro e mais intensamente a Espanha… até com neve a cotas altas.

Na verdade, a disposição do anticiclone e da depressão espanhola permite que as bolsas de ar frio que estão associadas às depressões que habitam no norte da Europa se desloquem para sul, em direção à Europa Ocidental.

Enquanto traz vento, descida das temperaturas e até geadas ao interior norte, permite mais nebulosidade na Madeira (vertentes norte, leste e terras altas), mas limpo até nas vertentes sul e imagens espetaculares dos sempre apetecíveis Vórtices de Von Kármán (na Madeira e Canárias).

Na prática, como o fluxo é de nordeste nestes Arquipélagos e o mesmo é interrompido pela presença de elementos de bloqueio em altitude (zonas montanhosas das ilhas), provoca um efeito harmónico, contornando as ilhas e deixando estas formas sempre muito interessantes nas imagens de satélite.

Nos Açores, maioritariamente, vento norte no continente é sinal de bloqueio atlântico e de alguma humidade e de frentes em dissipação ou nebulosidade associada às mesmas, com aguaceiros pontualmente fracos.

Mas vento norte rijão é mesmo chuva na mão?!

Em Portugal Continental não é sempre garantida e depende muito do que o anticiclone consiga “bloquear”, com a sua intensificação e aproximação, mas regra geral, pelo menos alguns aguaceiros e trovoadas conseguem aparecer.

Na verdade, repare na depressão B da imagem seguinte e que com a sua rotação no sentido contrário aos ponteiros do relógio absorve aquela pequena bolinha a verde que não é mais que ar frio em altitude (bolsas de ar frio em altitude ou cut offs)… estas bolsas, sendo depressões térmicas são as responsáveis pelas trovoadas de aquecimento… mas há mas… há o anticiclone A e que está delineado a vermelho na imagem seguinte… é um defensor nato da nossa região… acha ele! Ou seja, ele vem imediatamente secar e afastar para leste estas bolsas, com a sua imediata aproximação à cut off (seta a vermelho).

Mas isto está dependente de outros fatores, como são os ventos em altitude a norte dos Açores e em especial aquela depressão assinalada com 1005 acima da linha vermelha… essa sim, se cavar poderá empurrar mais o anticiclone e afastar a chuva para Espanha apenas.

Mas vamos ter alguma esperança, mesmo sabendo que é dificil acreditar no que quer que seja!

Dias 16 e 17 já deveremos ter em Portugal Continental a primeira interação de bolsas de ar frio em altitude, com aguaceiros e trovoadas, principalmente a sul do Tejo… mas já sabemos que trovoadas é uma lotaria que não calha a todos e há locais, devido à sua geografia muito mais suscetíveis a isso que outros.

Chuva depois de 19/20 mais generalizada?

Muita calma mesmo e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém! Os modelos continuam a mostrar uma tendência de mudança mas adiam-na dia após dia… e isso é naturalmente um sinal de forte incerteza… essa mesma incerteza de que continuaremos a vos transmitir… talvez sim… talvez venha a Primavera depois de 19/20, mas há sempre o anticiclone e nunca nos esqueçamos dele… que pode rapidamente vir socorrer ou melhor, secar, Portugal Continental!

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