A época de furacões do Atlântico começa oficialmente dia 1 de junho de 2024 e termina no final de novembro deste mesmo ano e como de 6 em 6 anos se repetem os nomes, à exceção dos ciclones mais destrutivos, o Leslie volta a entrar na nomenclatura.
ESCOLA DE CONDUÇÃO SMART ROAD MORTÁGUA
Contacto1: +351 961 357 733
Contacto1: +351 231 920 488
Facebook: ECSmartRoad
São estes os nomes da lista principal para a Época de Furacões do Atlântico 2024:
De 6 em 6 anos, os nomes repetem-se…
A lista de 2024 é em tudo semelhante à de 2018 (ano do conhecido Furacão Leslie que fez landfall na Figueira da Foz), o que equivale a dizer que de 6 em 6 anos os nomes se repetem, com exceção dos ciclones mais fortes, destrutivos e mortíferos, que em 2018 foram o FLORENCE e o MICHAEL, entretanto substituídos em 2024, respetivamente, pelo FRANCINE e MILTON.
Poderá o LESLIE voltar a assolar Portugal?
Em primeiro lugar temos de compreender que foi curiosidade o furacão que atingiu águas nacionais e fez landfall em Portugal ter sido o Leslie e por isso o nome nada indica sobre o futuro relativamente à época 2024.
Nesse sentido, o Leslie 2024, à partida, nada terá de ligação com o Leslie de 2018 e que curiosamente entrou na lista de nomes de ciclones tropicais no ano de 2012.
RICARDOS BASTOS – CONSULTOR IMOBILIÁRIO TONDELA
Contactos: +351 926 963 781
Facebook: RICARDO BASTOS
O que esperar da época de furacões e qual a influência em águas nacionais?
Este ano é praticamente unânime que os ciclones tropicais devem ser abundantes e intensos no Atlântico. As condições, com a regressão do El Niño, as anomalias de temperatura de água do mar no Atlântico e o baixo cisalhamento (gradiente de ventos em altitude) leva a que a previsão aponte para uma época muito movimentada, sobretudo ao nível do Trópico de Caranquejo e em direção às Caraíbas, Golfo do México e Costa Leste dos EUA.
As imagens seguintes apresentam, respetivamente, as anomalias previstas para a água do mar e o cisalhamento (gradiente de ventos em altitude) reduzido no Trópico de Caranguejo (a azul na 2ª imagem).
O Trópico de Caranguejo (vulgarmente designado Trópico de Cancer) liga de certa forma Cabo Verde às Caraíbas/Golfo do México e é um dos locais com maior propensão à formação e desenvolvimento de ciclones tropicais. O mesmo localiza-se no dorso sul do Anticiclone Bermudas/Açores, sendo natural que o aparecimento de ciclones neste Trópico tenha expressão no Anticiclone Nacional.
A formação de ciclones na linha invisível do Trópico de Caranguejo tem como reflexo natural, a projeção do Anticiclone dos Açores para norte, bem como a sua intensificação. Um anticiclone é uma resposta a ciclone e tal como quando apanhamos um vírus, o nosso organismo apressa-se a produzir anticorpos, quando há um potente ciclone, o anticiclone tende a intensificar-se para responder ao mesmo.
Esta resposta surge pelo aumento de pressão e bloqueio das investidas atlânticas para águas nacionais, com aumento da temperatura e tempo maioritariamente mais seco. Por vezes, nos Açores, fica um ponto frágil, que é aproveitado por estes ciclones para entrar em águas nacionais e daí seja normal o aparecimento destes elementos próximo do Arquipélago, sobretudo a partir de Setembro.
Então uma época ativa de furacões pode significar um verão mais intenso e extenso?
Poder pode! É aliás natural que assim seja, mas… há que considerar outros fatores de maior imprevisibilidade e que podem condicionar a formação de ciclones tropicais, tais como as poeiras e que neste momento estão em abundância no Atlântico Tropical.
Enquanto tivermos esta concentração de poeiras, os ciclones tropicais têm maior dificuldade de formação e desenvolvimento… isto porque, tal como nós gostam de água quente, pouco agitação em termos de ventos e ausência de poeiras… nesse aspeto são parecidos à maioria das pessoas.
Assim que as poeiras se afastarem do Trópico, será muito mais provável o início da época de furacões em pleno e por cá um verão mais intenso que nos últimos anos.
10 de Setembro, dia mais provável de ocorrência de um ciclone tropical!
É estatisticamente o dia mais provável de ocorrência de um ou mais ciclones em águas do Atlântico. Esta estatística não é de hoje nem será deste ano, mas sim em termos históricos. Como podem ver, a época vai de 1 de junho a 30 de novembro pois representa o período com maior percentagem de ciclones ativos no Atlântico.
Poderemos vir a ter em Portugal Continental, Madeira ou Açores algum este ano?
Não é impossível de facto, mas a esta distância é uma pergunta de resposta impossível. Se pensarmos que este maio tem sido semelhante a maio de 2018 e se voltarmos até 2018, percebemos que tivémos alguns ciclones em aproximação ou mesmo em passagem por águas nacionais (e mesmo landfall)… não é impossível e as condições são algo favoráveis a isso mesmo este ano, mas… ainda é longe e teremos de acompanhar ao longo do verão a evolução.
Siga tudo em METEOMIRA.
Se quiser ajudar a página a desenvolver a sua atividade poderá fazê-lo através dos seguintes meios:
MBWAY 912101683
IBAN PT50 0018 000322504419020 11
Deixe um comentário