DEPRESSÃO CLAUDIA: 11 a 17 novembro 2025

É outono e isso diz tudo quando se vai abordar uma depressão que será possivelmente a mais duradoura dos últimos meses. O seu posicionamento e possibilidade de injeção de um fluxo subtropical muito húmido e instável durante vários dias, levará pelo menos à emissão de avisos meteorológicos, tendo já levado à nomeação de Claudia pela AEMET.

A depressão, aqui bem visível nos tons verde, demorará a ser consumida e deslocada para leste e isso só acontecerá a partir de dia 17.

Primeiro nos Açores

Primeiro nos Açores já esta 2ª feira, com a passagem de uma frente que avançará depois para a Madeira e noroeste continental a partir do final de dia 11.

Após a passagem da frente nos Açores, entramos em regime de aguaceiros pontualmente fortes no Arquipélago dos Açores até final de dia 13, com descida das temperaturas (podendo nevar no Pico).

O vento soprará entre oeste e noroeste, sempre com intensidade até dia 14 nos Açores, mas sendo mais intenso com a passagem da frente, podendo as rajadas chegar aos 70 a 95km/h.

Em termos práticos, ficam os acumulados de precipitação até final de 6ª feira, dia 14 e algumas das rajadas que serão sentidas pelo Arquipélago nos próximos dias.

Depois Madeira

A partir de dia 11 e sobretudo do final do dia 11 e até final de dia 15 espera-se tempo muito instável na Madeira. A frente será forte na noite de 11 para 12, com possibilidade de trovoadas e o vento será também uma constante a partir daí a soprar de sudoeste e oeste, com rajadas máximas que podem chegar aos 60 a 80km/h e até acima dos 90km/h nos pontos mais altos.

Melhoria das condições a partir de dia 16, em perspetiva.

Em termos práticos, ficam os acumulados de precipitação até final de sábado, dia 15 e algumas das rajadas que serão sentidas pelo Arquipélago nos próximos dias.

Chamamos a atenção para a possibilidade de acumulados muito elevados nas vertentes sul, oeste e zonas montanhosas.

E Portugal Continental

No final de dia 11 a frente chegará a noroeste mas poderá ficar a deixar trovoadas intensas no mar durante toda a noite de 11 para 12 e só entrar gradualmente em terra a partir da manhã de dia 12.

Falamos de uma massa de ar muito húmida e instável que poderá produzir trovoadas localmente fortes a acompanhar as linhas de entrada da precipitação.

Pode parecer uma eternidade a muitos a sul e interior que a chuva chegue… mas ela chegará dia 13 e pode vir mesmo com intensidade e trovoadas igualmente e deverá ficar, em regime de aguaceiros, linhas de instabilidade e frentes até dia 16/17.

Deixamos um vídeo com a animação da precipitação pelo modelo ICON que dá uma ideia da forte instabilidade e trovoadas previstas (a amarelo) sobretudo dias 12 a 15. Mas arriscamos que entre 12 e 13 podem ser intensas na entrada da frente que terá forte resistência à deslocação, numa situação muito semelhante ao recente episódio das trovoadas generalizadas de novembro. Há claro e significativo risco de inundação rápida em meio urbano, primeiro no litoral norte e centro e depois, a partir do final de dia 12, em todas as áreas mais urbanizadas.

Chamamos também a atenção para o cariz localizado da precipitação nalguns dias, podendo ser torrencial nalguns locais e pouco relevante noutros, dependendo da formação e desenvolvimento das células.

Chamamos a atenção também para o vento que soprará forte na maior parte dos dias mas podendo atingir um pico de intensidade na 5ª feira, de sul/sudeste, com rajadas que nas zonas amarelo e verde da imagem abaixo podem soprar até 40 a60km/h, nas zonas a laranja e vermelho entre 60 a 80km/h e nas zonas a lilás entre 80 a 100km/h, não se descartando situações de maior intensidade a sul e terras altas, acima dos 100km/h.

Atenção igualmente ao mar, que estará tremendamente revolto e levará à emissão de avisos por parte do IPMA!

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