Frente na atmosfera e rio na superfície da terra!
Quando olhamos para uma carta de pressão e para uma carta topográfica (altitudes), a linha que marca um rio é em tudo semelhante à linha que marca uma frente numa carta de pressão à superfície, daí esta comparação muito simplificada! Nunca nos esqueçamos que há vários fatores associados à intensidade local, como ventos, convecção, geopotencial, massas de ar e muitos outros fatores que aqui não importam referir porque só iriam complicar a explicação simples que se pretende!
E na MeteoMira o objetivo não é fundamentar com explicações científicas mas tornar percetível a identificação de elementos meteorológicos numa carta!
Olhemos então ao nosso rio real!
Uma frente (que pode ser quente, fria, oclusa, estacionária…) não é mais que um rio de água que percorre a atmosfera e que é levado pelas correntes do vento. Na verdade, esse rio atmosférico é a parte da frente (e daí frente) de uma massa de ar (frio quente ou mistura de ambos).
Imagine um rio como o Mondego. Nasce bem pequeno na Estrela e corre, vai engrossando à medida que caminha para a foz, onde já apresenta uma grande dimensão.
Ele corre dos pontos mais altos para os mais baixos. E uma frente também é geralmente mais fraca próxima das altas pressões e geopotenciais (que por norma estão a sul) e mais forte próxima das baixas pressões e geopotenciais (que por norma estão a norte)!
Chamemos-lhes Alta Pressão à Nascente e Baixa Pressão à Foz do nosso rio atmosférico!
Depois, em termos locais há inúmeros outros fatores que contribuem para haver mais precipitação nuns locais que noutros mesmo na passagem de uma frente, mas isso é motivo para outro artigo!
Comments (2)
Excelente explicação. Obrigado
Muito obrigado!